sexta-feira, 29 de abril de 2011

Comer e dormir

Por favor, leitores! Não desistam de ler meu blog! Ainda que eu tarde em postar eu não falharei! Em meio as mil tarefas que a maternidade me impõe, arranjei um tempinho para escrever. E hoje quero falar, é claro, sobre a Rebeca. Melhor, em como é ser mãe da Rebeca.
Minha primeira tarefa como mãe foi ensinar a Rebeca a comer. Para quem ainda não entrou nesse mundo dos bebês, vou explicar. A mãe tem o dever logo depois do parto de ensinar o bebê a mamar. Tem um jeito certo de pegar no peito (os médicos dizem a primeira "péga"). Se o bebê não pegar direito o peito da mãe, o maior ato de amor entre mamãe e bebê, torna-se uma verdadeira tortura. O peito dói, sangra, racha, um pesadelo. Graças à Deus, Rebeca mostrou que já veio ao mundo sabendo comer. Aprendeu a mamar rapidinho, puxou à mim, ou melhor à família dos Rosa, que adora uma comilança.
A segunda coisa que devo ensinar a Rebeca é dormir. Sim, parece inacreditável, mas precisamos ensinar o bebê  como dormir e que horas dormir. Aí é que começa meu desafio. Minha adorável filhinha dorme seis horas seguidas durante à noite, e muitos dizem pra mim que é muita benção. Mas o problema é quando ela vai dormir. Lá pelas nove da noite, começo a baixar o volume da Tv, deixo o quarto à meia luz e quando ela percebe que o ritual do sono está iniciando o chororô começa! E lá se vão uma hora, uma hora e meia até duas horas pra fazer a princesinha dormir. Mas ontem o pai dela descobriu como ela gosta de dormir: assistindo Tv. É só a gente tirar ela da sala - mesmo dormindo - quando é colocada no bercinho repentinamente a princesa acorda! Mas eu estava lendo esses dias que os médicos descobriram que existe um botãozinho no bumbum dos bebês que faz eles acordarem assim que são colocados no berço. Sério! (Brincadeirinha gente!) Pode não ser comprovado a existência desse botãozinho pelos médicos, mas milhões de pais no mundo inteiro juram que ele existe!

Até mais!
Pati

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Tragédia

Uma semana após a tragédia na escola do Rio, ainda fico triste com tanta desgraça. É impossível não se compadecer daqueles que enfrentam tamanha dor. Nessas situações podem surgir muitos questionamentos acerca da existência de Deus e até mesmo dúvidas sobre seu caráter.
Um dos meus autores preferidos, Charles Colson, debate a existência de Deus e o sofrimento humano, com argumentos convincentes e muito bem colocados. C. S. Lewis no seu livro Cristianismo Puro e Simples também debate este assunto, convencendo até mesmo os mais céticos.
Embora a argumentação teológica seja válida, nos momentos de dor o que mais queremos, não são discursos racionais, muito menos debates intelectuais. Tudo isso, sacia a nossa fome por conhecimento, mas não conforta o nosso coração.
Para mim duas palavras escritas no evangelho de João me consolam: Jesus chorou (João 11.35). Na ocasião, Lázaro, amigo de Jesus havia morrido. Estava para acontecer um grande milagre. Mas na casa de Marta e Maria havia choro, angústia e desespero. Ao ver Jesus, Maria lhe diz o que muitos de nós pensamos quando sofremos: Se, Tu estivesses aqui ele não teria morrido. Ao invés de recriminá-la, a Bíblia diz que Jesus agitou-se no seu espírito e chorou.
Essa passagem me fala muito de um Deus que se compadece e não está indiferente às nossas dores. Mesmo sendo a Ressurreição e a Vida, Jesus se comove e ouve o choro dos enlutados. Ele também sofre a perda de um amigo querido e nos permite lamentar sobre os nossos mortos.
A nossa consolação é saber que o Deus Soberano, Todo-Poderoso também chora. Mas chegará um dia que Ele mesmo enxugará dos nossos olhos toda lágrima.
"Nada poderá nos separar do amor de Cristo Jesus, nosso Senhor". (Romanos 8.38-39)

terça-feira, 5 de abril de 2011

Meus presentes

16 de março de 2011
07hs. Quase não dormi a noite. Hoje completo vinte e seis anos, estou com grande expectativa sobre o que vai acontecer nesse dia. Essa é a última semana para a Rebeca vir, de parto normal ou cesárea.
10.30hs. Chegou a hora da consulta com a obstetra. A médica tinha dado até o dia de hoje para a Rebeca vir, pois eu queria muito parto normal. Passei os últimos dias caminhando e fazendo exercícios, mas nada da menina vir!
11.15hs. A médica me examinou e me disse o que eu não queria ouvir: Vamos marcar a cesárea! Que tal hoje às 19hs? Nem tive tempo de responder, meu marido, minha mãe e minha sogra responderam por mim, sim!
12hs. Fomos comemorar meu aniversário. Seria minha última refeição do dia antes da cesárea. Tentava disfarçar meu nervosismo, pois passei nove meses me preparando para o parto normal e agora não sabia mais o que esperar. Um dos meus presentes foi minha mãe que nessa hora me deu muito apoio e calma. A tranqüilidade não é uma das suas características mas naquela hora ela foi muito importante pra mim.
13hs. Depois de almoçar fui pra casa com meu marido e minha sogra. Minha sogra também foi um presente pra mim. Foi uma segunda mãe! Ela me deu uma ajuda que nem eu sabia que iria precisar.
19hs. Chegou a hora. Eu estava muito, muito tensa. O Saulo estava comigo mas não entrou na sala de parto, os médicos o chamariam depois. Entrei sozinha e fiquei mais nervosa ainda. Então vi meu outro presente, a enfermeira Laís. Uma grande amiga que acompanhou quase toda minha gestação. Fiquei o tempo todo da cesárea segurando a mão dela. Foi um anjo do meu lado.
19.33hs. Chegou o mais esperado presente de todos! Ouvi o choro da minha filha pela primeira vez!
19.34hs. Chegou mais um presente. Meu marido chega na sala e agora em vez de um casal, somos uma família! Há uns anos atrás me lembro de como orava pedindo a Deus um marido, e agora eu experimentava sua fidelidade, me dando uma linda família.
20hs. Fui para a sala de recuperação e a Laís me disse que havia um monte de gente esperando pra ver a Rebeca. Eram nossos amigos da igreja. Amizades são presentes que Deus também me deu.
00hs. O dia termina e os presentes que ganhei valem mais que qualquer fortuna. Infelizmente esse mês não foi fácil, financeiramente falando, mas Deus me levou a olhar todas as bençãos incalculáveis que ganhei. Posso dizer pela milésima vez: Deus é fiel!